A história do atabaque: Relacionado aos cultos afro religiosos, Umbanda e Candomblé.
Em nossas giras de Umbanda, é muito comum se ter presente o
atabaque, um instrumento lendário e de origem afro. Esse instrumento dá
ritmo e axé aos cultos, possibilitando uma melhor incorporação e dando
maior energia aos trabalhos.
O atabaque é um instrumento Sagrado, Consagrado e Firmado por
Orixás e Guias e tem uma força poderosa, que em uma gira faz toda a
diferença. Para aprendermos um pouco mais sobre o atabaque e seus
fundamentos trago algumas informações interessantes sobre o mesmo,
relacionado aos cultos afro religiosos, dentre eles, Umbanda e
Candomblé.
Segundo a Wikipédia, "O Atabaque de Origem Africana, hoje muito
utilizado nos cultos aos orixás, de religiões também de origem afro,
"E na verdade o caminho e a ligação entre o homem e seus orixás, os
toques são o código de acesso e a chave para o mundo espiritual "(
Romário Itararé há 35 anos toca atabaques e instrumentos de percussão)
Há três tipos de atabaque: Rum, Rumpi e o Lê. O Rum é o
atabaque maior, o Rumpi seria o segundo atabaque maior, tendo como
importância responder ao atabaque Rum, e o Lê seria o terceiro atabaque
onde fica o Ogã que está iniciando ou aprendiz que acompanha o Rumpi. O
Rum também é usado para dobrar ou repicar o toque para que não fique um
toque repetitivo. Importante saber que cada atabaque tem suas obrigações
a serem feitas, pois o atabaque praticamente representa um Orixá.
Existem vários tipos de toques, Angola que se toca com mão e Ketu
que se toca com a varinha. Na Angola existem vários tipos de toques,
onde cada toque é destinado a um Orixá, por exemplo, Congo de Ouro,
Angolão que seria destinado a Oxossi, Ygexá que seria destinado a Oxum,
etc. O mesmo acontece com Ketu, que se toca com varinha de goiabeira ou
bambu, chamada aguidani.O couro também merece cuidados, como passar
dendê e deixar no sol para que ele, o couro, fique mais esticado e possa
produzir um som melhor.
Um Ogã seria como um Tatá da Casa e na maioria das vezes seu
conhecimento é quase superior a um Zelador de Santo. Para ser um Ogã não
basta saber tocar, e sim, saber o fundamento da Casa, salientando que
saber o canto na hora certa, é de grande importância para um Terreiro.
Existem também outros tipos de componentes que se usam junto com
os atabaques, como por exemplo, o agogô, chocalho, triângulo, pandeiro,
etc. Existe também o Abatá, que seria um tambor, com os dois lados com
couro, que se usa muito no Rio Grande do Sul e na nação Tambor de Mina.
Os tambores começaram a aparecer nas escavações arqueológicas do período neolítico.
O tambor mais antigo foi encontrado em uma escavação de 6.000
anos A.C. Os primeiros tambores provavelmente consistiam em um pedaço de
tronco de árvore oco. Estes troncos eram cobertos nas bordas com
peles de alguns répteis, e eram percutidos com as mãos, depois foram
usadas peles mais resistentes e apareceram as primeiras baquetas. O
tambor com duas peles veio mais tarde, assim como a variedade de
tamanho.
De origem africana, o atabaque é usado em quase todos os rituais
afro-brasileiros, típico do Candomblé e da Umbanda e de outros estilos
relacionados e influenciados pela tradição africana. De uso tradicional
na música ritual e religiosa são empregados para evocar os Orixás.
Texto de: Marcos Vinicius Caraccio
Umbanda Carismática
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