Preconceito das Manifestações Espíritas - Trecho retirado do livro Ciência espírita

Preconceito das Manifestações Espíritas



Preconceito das Manifestações Espíritas


Como já foi visto no artigo "Kardec Fala com Preto Velho", Allan Kardec ensina com todas as letras a abrirmos nossos braços para acolhermos e ajudarmos em nossas reuniões mediúnicas, a todos os espíritos que nos procurarem, independentes da sua evolução, cor, linguajar, origem, sexo e até independente das suas boas ou más intenções. Não agindo assim, não passaremos de pessoas tristemente... Preconceituosas!


O primeiro passo para lutar contra os preconceitos é reconhecer a sua existência. Não é tão fácil, mas se concordamos que todos os homens são irmãos, independente do momento e situação que cada um vive e que é preciso superar os preconceitos, nós iremos perceber que existem irmãos excluídos, à nossa volta, inclusive na Casa Espírita que freqüentamos, que estão gritando em silêncio por socorro, e nós permanecemos surdos em função dos nossos preconceitos. Assim, está em nossas mãos a oportunidade de começarmos a lutar, para que não existam mais pessoas excluídas ao nosso lado. Pelo menos, na nossa Casa Espírita!


“... As manifestações espíritas de negros e índios são comuns, não raro intervindo nos processos de cura. Isso causa espécie a pessoas ainda impregnadas de antigos preconceitos. “Como podem esses espíritos primários ainda apegados à era do barro – dizia-nos famoso jornalista – manifestarem-se como orientadores e terapeutas num meio de civilização superior?” Acontece que a população espiritual da Terra é semelhante à sua população encarnada. Não existem discriminações injustas no tocante às possibilidades de intercâmbio espiritual. O que vale no espírito não é a sua qualificação social, mas a sua condição moral. O processo da reencarnação elimina os motivos dos preconceitos terrenos. Um negro velho, que se manifesta como tal, poderia também manifestar-se apenas como espírito, ou até mesmo como espírito de uma encarnação de amarelo ou de branco por que já passara. Na Inglaterra super-civilizada do século passado o famoso escritor, médico e historiador Arthur Conan Doyle gostava de conversar mediunicamente com espíritos de negros e índios. 

A entidade hoje considerada, pelos espíritas ingleses, como orientadora do movimento espírita britânico é precisamente Silver Birch, um índio. Sua prudência e sabedoria tornaram-se proverbiais. No Brasil as manifestações de negros e índios são altamente consideradas no meio culto. Um episódio curioso deve ser lembrado como altamente significativo. O cirurgião-dentista católico, Dr. Urbano de Assis Xavier, começou a sofrer inesperadamente de ocorrências mediúnicas, que atribuiu a manifestações epileptóides. 

Um espírito de negro velho, que dava o nome de Pai Jacó, aconselhou-o a procurar em Matão (SP) o farmacêutico Cairbar Schutel, de origem alemã, diretor de um jornal e uma revista espíritas. Schutel resolveu submetê-lo a uma experiência mediúnica, mas disse: “Não me agrada a presença desse preto velho”. 

Realizada a experiência, Schutel disse a Urbano: “Nunca gostei dessas manifestações de negros e índios, mas o seu Pai Jacó encheu-me as medidas, revelando um conhecimento doutrinário que me assombrou.” Mais tarde Pai Jacó explicou a Schutel que ele havia sido um médico holandês em encarnação anterior, mas na última viera como negro. E como nela aprendera e desenvolvera a virtude da humildade, preferia manifestar-se como preto velho...” (1)


Fonte: (1) Trecho retirado do livro Ciência espírita

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